Lágrimas. Mais lágrimas. Lágrimas de novo. Belas lágrimas. Lágrimas inúteis. Não sei por que o vinho sempre me traz lágrimas. E revolta. Esta revolta alcoolizada que encontra a sua redenção em lágrimas induzidas. Perguntei sempre e pergunto mil vezes mais: pra que tudo isso? Porque é isso que eu sou. “Sou um animal sentimental, me apego facilmente ao que desperta o meu desejo.”
“Someone call the ambulance there's gonna be an accident.” Não estou no País das Maravilhas e não estou nas trevas. Estou neste meio-termo morno, “mastigando essa coisa porca sem conseguir engolir nem cuspir fora nem esquecer esse gosto azedo na boca.” Mas daí eu te pergunto: pra que serve tudo isso? “A única recompensa é aquilo que Laing diz que é a única coisa que pode nos salvar da loucura, do suicídio, da auto-anulação: um sentimento de glória interior.”
Crio mais um personagem. Vomito minhas angústias
E de que me serve tudo isso?!
...
Assim eu vou sobrevivendo.