sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Desabafo

Lágrimas. Mais lágrimas. Lágrimas de novo. Belas lágrimas. Lágrimas inúteis. Não sei por que o vinho sempre me traz lágrimas. E revolta. Esta revolta alcoolizada que encontra a sua redenção em lágrimas induzidas. Perguntei sempre e pergunto mil vezes mais: pra que tudo isso? Porque é isso que eu sou. “Sou um animal sentimental, me apego facilmente ao que desperta o meu desejo.”

Someone call the ambulance there's gonna be an accident.” Não estou no País das Maravilhas e não estou nas trevas. Estou neste meio-termo morno, “mastigando essa coisa porca sem conseguir engolir nem cuspir fora nem esquecer esse gosto azedo na boca.” Mas daí eu te pergunto: pra que serve tudo isso? “A única recompensa é aquilo que Laing diz que é a única coisa que pode nos salvar da loucura, do suicídio, da auto-anulação: um sentimento de glória interior.

Crio mais um personagem. Vomito minhas angústias em palavras. Finjo ser outro. Fujo. Again, again & again. Quantas vezes eu já mandei tudo se fuder? Todas.

E de que me serve tudo isso?!

...

Assim eu vou sobrevivendo.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Só uma passada rápida

"Até que ponto as circunstâncias não me favorecem, ou eu é que não favoreço as circunstâncias?"
(Caio F. - Pela Noite)

A frase traduz o momento.
Não leio como quero. Não escrevo como quero. Não faço nada como quero.

Tédio absoluto.

Feliz natal e feliz ano novo atrasado.
Um pouco de hipocrisia, algumas amarguras e, talvez, esperança.



P.S.: O conto da Nessa é o melhor.