sexta-feira, 15 de agosto de 2008

A Loura

Acordo. Olho pra ela deitada ao meu lado. Os longos cabelos louros despenteados e espalhados por sobre a sua pele macia e levemente bronzeada. A melhor mulher que eu já peguei. Meu deus, que noite! Levanto. Ainda sinto o cheiro do gozo dela na minha barba. Excita-me. O cheiro. Ela. Sento ao lado da cama e tomo um gole do uísque de ontem. Está aguado. Os gelos derreteram. Não acreditei quando ela me agarrou na festa de ontem. Estava muito bêbada, percebia-se de longe. Qualquer pessoa decente teria levado-a para casa e deixado-a dormir em paz, mas eu, canalha convicto, a trouxe pra cá e a fodi a noite inteira. Depois que ela gozou pela primeira vez, começou a ficar sóbria, e aí o troço rendeu. Meu deus, que mulher! Sentado aqui na minha escrivaninha, decadente como sempre e tomando um copo de uísque aguado, eu olho pra ela e ainda não consigo acreditar que isto tenha realmente acontecido. Levanto e fecho uma fresta da cortina para que a luz não a acorde. Quero conservá-la assim: bêbada, exausta e na escuridão. Por enquanto ela é minha, e estes momentos são a minha pequena eternidade. Meus deleites particulares, observando todas as suas curvas, curvas que noite passada percorri com a língua e com o pau molhado de porra e de saliva dela. Acho que cheguei no meu ápice. Já posso morrer agora. E quando ela acordar... quando ela acordar, direi apenas: não me lembro.

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